Viajei
sem sina e desamparada
Fiz
voto e fiz foto bem resumidos
Cultivei
festas como desvairada
Foi
quando eu era menina
Criatura
sem tempero
Que
cantava cantos coloridos
Permeando
o sal e o doce
Do
passado
Foi
como um sossego sussurrante
Não
foi tanta felicidade
Nem
foi tanta a tragédia
Foi
somente um ego arrogante
Fogosa
liberdade egoísta
Transborda
mãos e ideias vãs
Da
ânsia de abraçar o mundo
Ganhei
um ósculo como identidade
Sentindo
a colheita ainda em brotos
Olho
a mesa que está posta
Sobre
um aras ainda incompleto
O
presente
Agoniza
em mim
Nem
tanta esperança
Nem
tanta alegoria
Porque
sei que tem fim
Com
toda calma desfeita
Preencho
o canto deste encanto
E
choro deslumbrada
Quando
chega em minh'alma
As
venturas celeradas e diáfanas
Que
se ocultam crédulas
No
íntimo que sonha infinitos
O
futuro
Vagueia
no meu céu noturno
Nem
tão divino
Nem
tão maléfico
Um
ser oportuno.