As
colinas esperam que as árvores cresçam, que pássaros a colorem,
E
para comigo, guardam um espaço.
Com
meu passo, corro e espero qual sentinela a ouvir o por do sol.
Aguardo
em suspense que os pássaros façam seus ninhos cheirosos,
Sentada
na pedra mais elevada.
Numa
fadiga estampada, percebo que as árvores contam seus segredos.
Minha
colina tem fatores que ainda não existem no fim do mundo.
É
sagrada, porque fico invisível.
Vivo
o impossível, porque alcanço com as mãos os ninhos dos pássaros.
Parte
da vida, uma só árvore me segredou, a outra, colhi sob seus galhos.
Se
minha colina está sem flores
Pode
ser dissabores, que um vento sem norte ou sul, lá perdeu suas sementes.
Os
ninhos dos pássaros possuem a alquimia da atmosfera que em mim grita.
Nesta
colina, o tempo transpasso.
É
este meu espaço, que entoa a serenidade mais antiga, o silêncio da terra.