Todo sonho é leve
é alvo,
cândido, risonho e fingido.
Baila como cavaleiro amante,
abandona a dama como ladrão coagido.
Ora que poesia?
É uma saudade!
No regaço lírico e enfadonho,
onde o pranto, de imenso, é duvidoso,
faz sorrir a dor, e deixa nu todo o sonho.
Inspiram as estações
os poemas,
que o homem soluciona calado,
sempre que o vento retorna do tempo,
e traz um verso, num coração orvalhado.