Como é difícil saber das
distâncias,
que as dores escolhem
percorrer,
ou onde as saudades
estão guardadas!
Quase impossível não
conter
um pranto que lembra o
passado,
que vai passando
garboso pra nosso
espanto,
e vamos ficando
com tanta esperança,
sob tanta vida de
abundâncias,
que pouco importa andar
mais um pouco.
A juventude é uma fraqueza tenaz,
uma peripécia
desacreditada.
Um esconderijo melífluo
de lágrimas e risos,
d'uma alma quase
desabitada.
Tanto faz sonhar, tanto
faz correr.
Sempre estaremos
correndo,
para juntar universos em
retalhos,
ignorando o que o
destino está prevendo
em cada bocado de ilusão,
num coração pertinaz,
inundado de futuros
gigantes.
Como é difícil crescer
sem o horizonte,
que nasce tão perto da jornada!
Como labutamos para
encontrar sua trilha
em nossa curta e densa
morada!
E um dia o silêncio
começa a encantar
o caos que outrora fora
desencanto.
Nada resta, a não ser
crescer.
Cativar a sabedoria sem
virar santo.
Seguir, seguir... É tanto,
e pouco se sabe!
Começar a atravessar a
ponte,
para recolher todas as
jornadas.