Inquietação
de um socorro desajeitado
Que
perdido numa beleza impossível
Visita
o ego nu, e descortinado
Ah,
sou um palco inconformado!
Tudo
vislumbro
Pouco
vejo...
Devanear
qual animal livre e selvagem
Assolando
a alma de um passado
Criando
afago numa miragem
Quando
a cortina cai é mensagem
Não
sou o aplauso
Nem
o apupo...
O
silêncio finaliza toda inquieta trama
Caem-me
os panos, os meus ultrajes
Toda
vida que enfeito é um drama
Discurso
só para quem diz que ama
Então
apago a luz
Que
não encontrei...
Pensamento
que foge, rasteja, sem graça
Nesta
inquietação daninha e desafinada
Noite
numa taça moteja, que desgraça!
Coloquei
no coração uma mordaça
No
escuro
Perdi
o medo...