Adentrei
em meu devaneio lúdico, com escassez de amor,
Com
ideias nuas, pus-me a vaguear num campo de lavandas.
Ali
jurei amores, traí impiedosa, um beijo infiel.
Avistei-o,
estonteante, alucinado, ofertou-me guirlandas...
Dar-me,
assim, evasiva a erodir apelos de delírios,
Exalando
esta luxúria suada com sabor de lavanda,
Quase
dantesca crônica a desvairar o êxtase dos santos,
Inconsequente
fraqueza a razão, pensei, não sei por onde anda.
Um
amor sem aparatos, com as mãos livres e ávidas.
Corpos
quase embriagados a fazer juras insistentemente,
Por
entre a inconsciência e a realidade tão fingida.
Desmazelados,
envergonhados a mirar-se docemente.
Sugados
pelas lavandas, ali saturados de jogos alheios,
Num
fluir de cheiros, ver nas nuvens a estampa de uma paixão.
Afagar
a volúpia, sem a palavra, e com o céu, todo na boca,
Acordar
amada descalça como nunca, suspensa do chão.