As
flores não nasceram para ser pisadas.
Arcaica
a ideia de jardins abandonados,
Não
habitados.
Jardins
existem
Onde
as sementes caem de mãos dadas,
E
os pés acolhem os que não desistem.
As
flores morrem caladas e solitárias.
Os
homens sofrem mesmo sem dor.
Fazem
terror,
Desarmam
a vida,
Inclementes,
juntam-se aos iludidos párias,
Que
esqueceram as flores na despedida.
As
flores perfumam a prenhez da terra.
Aos
caprichos de lágrimas e orvalhos.
Brotam
carvalhos,
Sobre
a quietude,
Onde
o amor nunca se armou para a guerra,
Nem
o instinto da fera perdeu a virtude.
As
flores são serenas na vida e na morte.
Nas
núpcias são brancas, na morte é betume
Alheio
é o perfume,
A
ornar a eternidade,
Para
galgar em cores o último desígnio da sorte.
Com
pesar, num buquê, sem escolher a idade.
As
flores se deleitam num abraço sincero.
Nunca
no crime em meio a páginas envelhecidas,
Sem
ser suicidas,
Nunca
pecaminosas.
Espreitando
um fervoroso olhar singelo,
Numa
amálgama fortuna de rosas.