28 de mar. de 2014

SEMPRE CEDO

O amanhã é um final de tarde
Um mito
Ou uma longa nostalgia
É uma louca alegria
E se nada for dito
Uma maldita vaidade

Quando o tímido sol amanhecer
Com todo pudor
Possuirá toda manhã vadia
Culta ou sem sabedoria
Perceberá com muita dor
Que viver de noites é enlouquecer

O meio da tarde é confuso
Existe uma esperança
De um amanhã de alforria
Com festas, decepções e alegorias
É então que o juízo vira criança
E a desculpa um tempo obtuso.