O
azul me toca,
Quando,
de surpresa
Me
gruda no céu.
No
céu o azul me invoca,
E
me diz de Céu
Todo
pobre viveu.
Ai
que pobre rica sou,
Se
todo esse azul fosse meu!
Se
céu fosse flor
E
se a flor fosse eu!
O
azul me choca
Quando,
na madrugada
Me
afoga no orvalho.
No
orvalho o azul me olha
E
me diz que no orvalho
Todo
boêmio morreu.
Ai
que ingênua sou
Pensando
em mim e não em Deus!
Se
Deus fosse azul
A
flor não seria eu.
Então
o azul
Que
toca o céu
Leva
na flor o orvalho
Como
um boêmio
E
o entrega a Deus.