A noite é um palco
iluminado
rendilhado de poesia.
É um breu devasso...
Sempre oculto nos braços
lúdicos
da irrequieta nostalgia.
Basta uma noite
Para que o tempo corra
deitado.
Esta noite há uma
história,
que não pertence ao
mundo.
Enroscada numa valsa,
nos lábios ébrios do
vento...
É como um poço sem fundo
esta ternura noturna.
Será sempre uma paixão
sem memória
Ai de quem diz adeus à
madrugada
sem um abraço safado no
Universo!
É deitar-se ao
relento...
Com os olhos fixos na
saudade
das mentiras de um sonho
inverso.
E basta uma noite,
para chorar uma vida por
nada.