14 de mar. de 2014

DESDITA

Os olhos que miram as fontes,
deitam as sombras,
embalam os ventos...
Mas não fecham as portas dos horizontes.
São meus olhos,
o teu olhar,
que percebe o inaudito
mesmo que eu não tenha dito,
que meus caminhos não têm pontes.

A palavra que a experiência conta
nem sempre é inédita,
mas é toda polida...
Sempre sai de uma história pronta.
São meus sonhos,
o teu pesadelo,
que edifica uma dúvida nítida
em minha espera bendita,
num destino que nada afronta.