1 de fev. de 2014

ESCOMBROS


Tenho que escolher caminhos.
Tenho tantos e tão longos!
Todos carrego juntinhos,
dentro de um sol e uma noite.
É uma jornada de loucos.
Eu, o tempo e estes desalinhos.

Se as horas despencam do espaço,
se os tolos choram de medos...
Todos removo com traços,
dentro de uma certeza amotinada.
É uma célere agonia de dias.
Eu, a distância e um abraço.

Quando findar as gotas da esperança,
quando da crendice serei banida,
todos manterei na crua lembrança
Dentro de um poço de luz difusa,
E na verdade, lá estarei calada.
Eu, a calmaria e sem vingança.