25 de fev. de 2014

O ENÓLOGO

O enólogo faz um monólogo.
Para um bêbado em folguedo
Não mete medo.

Degusta e faz cara que assusta,
Como se néctar fosse,
O vinho sem ser doce.

Impressiona a matrona.
Entorna a taça aos santarrões,
Para uma platéia de bobalhões.
E a qualidade fica para a irmandade.

Suspira, cheira e respira.
Vira os olhos com maestria.
Fica bêbado sem ousadia,
Para testar o líquido sem aprovar.