Vou
de encantos e de encontros,
Abismada
com tantas janelas abertas
A
fazer-me festas,
Tantos
crimes, tantos contos.
Venho
de amores imaturos e obscuros,
Qual
poeta relapso,
Descartado
de seus atos, desnutrido de créditos,
Palmilho
incerta a palavra que ganho,
Dos
que se insinuam a cativar amor estranho.
E
desse olvidar e amar
Custa-me
a vida,
Que
derradeira se esgueira
Pelos
beirais do romantismo.
E
se lamento a perda, cobre-me o lirismo,
Então
desencanto, mas seco o pranto,
Fatigada
com pouco ou nada,
Sou
um peitoral de janelas,
Que
só deixaram-me frestas
Por
onde agora passa uma réstia,
De
um amor que julgou o tempo, e só fez festa.
Ainda
tento fechar a janela,
Após
tantas lutas e querelas,
A
mirar a morte escrita numa Estela.