27 de fev. de 2014

ALENTO

Perdi o rumo da graça
De ser feliz
Quando senti o olhar do medo
Nos olhos dos inseguros
É assim que se morre

Perdoem os felizes
Pois os que tem tristezas
Precisam chorar
Perdoem os milionários
Pois os pobres
Precisam implorar

Vem destruída e abandonada
Esta lamúria
Que dói tanto na alma
Que até o sorriso
Fica-me sério

Perdoem os festeiros
Pois os sóbrios de ilusões
Precisam sonhar
Perdoem os crentes
Pois os ateus
Esqueceram de orar

Assim que finda o mundo
Numa dor sem zelo
Num afago excluído
Num abraço de espera
Onde ruma o conflito

Perdoem os otimistas
Pois os desalentados
Querem só a certeza.
Perdoem a má fé
Pois os de bom coração
Ainda amam com pureza