Manhã, colibris astutos e
vaidosos
Fendem a madrugada ainda
enluarada
Provocando as chuvas nos
raios idosos
Lua, com cara de esperança
sonolenta
Tenta ludibriar o sol todo
airoso
A invocar a obscena loucura
da tormenta
Ainda que o escuro descrevesse
a morte
É provável que o dia
conquiste outra consorte
Quiçá seja andarilha do norte
Uma preguiça adivinha e pagã
Trazendo a astúcia para virar
o vento
E guardar n'alma o luar da
manhã