18 de mai. de 2014

SENTIMENTO OPRIMIDO

Eras um espaço indolente,
Oportuno ocaso de pouca luz.
Eu crente,
A ti me dispus,
Porque distante, eras uma estrela
Com vácuos de ousadia,
E detê-la,
Meu ser não queria.
Fulgor ininterrupto de quedas,
A minguar meu porvir de fantasias,
Num espaço de pedras
Caí onde me sabias,
Alcançou-me em fuga descabida,
Em tropeços sangrados.
Meu vigor já sem vida,
Em pedaços sagrados...

Se eras espaço indolente,
Se oportuno acaso de pouca luz,
Então, incoerente,
És madeiro em cruz,
Porque vazia ficou minha estrada
Com ecos em desarmonia.
Errei ao ser amada.
Pandora e alegorias.
Sem amontoar e contar pedras,
Preenchi teu espaço venturoso.
Sofro as quedas
Em teu leito airoso,
Mas tenho no fim, a mansidão
De uma luz sem vaidade,
Dou-te a mão,
Mas não a lealdade.