Saqueava-se,
assassinava-se, estuprava-se, roubava-se e vivia-se pouco.
Haviam
muitos deuses, muitos pedidos, muitas orações, muita fé... E dizem que até as
montanhas se moviam!
Hoje
há tudo para que o homem viva alimentado. Instrumentos para plantio e cultivo.
Uma
espiritualidade compreensiva, onde se sabe que não somos tão somente humanos...
Abaixo volto a este parágrafo.
Uma
tecnologia capaz de atravessar moléculas.
Facilidades
para conhecer o mundo sem sair de casa. Uma abundância de meios para sobreviver
sem macular a alma.
Então
está tudo fácil. Saqueia-se, assassina-se, estupra-se, rouba-se... Porque alguns
têm mais, outros têm menos, ou porque uns são belos, outros são feios; gordos,
outros magros... E sempre um quer o poder para si.
E
o lixo vai aumentado.
As
enchentes levam e limpam (ainda bem) tudo. Depois vem a mídia e mostra que
tantas famílias perderam tudo... Mas que tudo? Se algumas não tinham nada?
Bem,
o riu subiu, é direito dele. Só o homem é capaz de construir às margens de um
rio. Nenhum irracional é capaz de tal proeza. Por que será?
Temos
o ladrão, larápio porque gosta. Trabalho sempre há. Cadeia é conforto.
Temos
o estuprador, porque ainda não inventaram uma lei definitiva para este tipo de
desvio de conduta. Castração. Assim sairia da cadeia e não seria mais
reincidente neste tipo de crime. Perdeu o instrumento.
Vícios?
Cadê as famílias? Tudo começa de cima.
Fraqueza,
maus exemplos, má educação, luxúria, inveja, medos (o pior de todos).
Sempre
prestei atenção aos animais, e não tenho receio em afirmar: como é fácil viver
com o necessário somente!!!
Ah,
os animais... Que me fazem voltar ao parágrafo da espiritualidade.
Somos
a soberba, o poder, a ganância, a arrogância, a crueldade, a inveja, o sexo e
os vícios... Então somos todos assassinos.
Mas
se tivermos algo mais que humano, ou seja, para ser bem entendido, algo divino,
então temos também a bondade dos animais, sua inocência e sabedoria.
A
fraqueza humana é tão enraizada que não querem se perguntar: por que nós
caçamos os animais e não eles a nós? E se não nos caçam por que estão aqui?
Nós
temos o poder sim, mas o poder e o dever. Poder de serenar as intempéries e o
dever de preservar o que foi plantado aqui, sem isto não há amor nem caridade,
caso contrário, quando formos embora teremos que refazer o caminho de volta.