O orgulho
é um espelho
Antigo e
sem moldura
Tornando o
ego um entulho
A mirar-se
sem candura
Podem os
versos cair em descalabro
Ao
prantear este reflexo macabro...
O felino
ronda as margens opostas
Da virtude
calada e sem ousadia
É o
destino que joga sem os naipes
As marcas
nas cartas da tirania
Poderá
assim perder o homem o humano
Se viver
para deitar seu sono no profano
Sem a face
da certeza
As orações
se findam no charco
Onde os
passos perdem degraus
Qual
refinado status da nobreza
Quando
mirar seus pés sem arrimo
A chuva
terá atapetado sua trilha em limo
O bem que
faz a doce alma
Aos olhos
da consciência justa
É o bem
que ronda a Terra
À idéia
magérrima ou robusta
Viver e
morrer sem prévio aviso
Sobreviver
sem ter residido no paraíso.