7 de jun. de 2014

UM MOÇO

Veja moço aviltado
Não tenho escolhas
Ou te ofendo
Ou te deixo de lado
Ofender é pedir que cresça
Deixar de lado
É ignorar
Que condição descabida
A tua agrura
Tão ferrenha tua estupidez
Vai pedir asilo
Vai chorar no peito da amada
Não me mostre esta figura decaída
Veja moço desmiolado
Que falta de discernimento
Tão apegado ao presente
Que já pertences ao futuro
Tão depressa quis crescer
Que não conheces o passado
Que perdição ignota
Desfigurado arrogante
Perdeu a razão na espera
Nos trouxas iludidos
Que te coroaram a vaidade
Tornando-te um idiota.