25 de jun. de 2014

SOB A LUZ

Sou um sim desapegado
Um 'sim' que não encontro
Naquilo que causa o espanto
Nem afirmo que nego
As muitas dúvidas
Então penso que tudo é não
Daquilo que penso crer
No destino já alegado

Se muito andar digo assim:
Ouça a água que enxerga longe
Ouça os olhos da sabedoria
Porque muita palavra é dúvida
Penso que ainda existo
Logo ali, perto da fonte
Onde há grande espaço
Entre todos e mim

Não penso que existo sem fim
Em tudo que encontro
Deve ser catástrofe acreditar
Que a luz tem acendedor automático
Também não julgo as mariposas
Por arderem numa vela
Pensando que já alcançaram o paraíso
E de repente, o inferno é assim.