27 de jan. de 2014

INSIGNIFICÂNCIAS

A distância que o tempo anda
É total, inumana, sem tolerância
É capaz ainda de alcançar o espaço
E vencer toda ignorância

Não perderei este fato
De aqui ficar em foco
Mesmo sem tato
Ainda sou semelhança

Quando findar a guerra e a glória
A alma e a dor irão acarinhar
A trincheira do futuro vazio
Crendo num Deus de paz para abençoar

Não terei todos os dias
Para o mesmo sorriso
Viverei à sombra do Messias
Pois nem a mim sei perdoar

Poderá existir a mesma saudade
No suspiro de todas as infâncias
Pois o Universo é só uma porta
E sonhar, é um punhado de insignificâncias

Não roubarei a serenidade
De onde colho uma flor
Andarei com generosidade
Posto que meus pés estarão sob vigilância