A distância que o tempo anda
É total, inumana, sem tolerância
É capaz ainda de alcançar o espaço
E vencer toda ignorância
Não perderei este fato
De aqui ficar em foco
Mesmo sem tato
Ainda sou semelhança
Quando findar a guerra e a glória
A alma e a dor irão acarinhar
A trincheira do futuro vazio
Crendo num Deus de paz para abençoar
Não terei todos os dias
Para o mesmo sorriso
Viverei à sombra do Messias
Pois nem a mim sei perdoar
Poderá existir a mesma saudade
No suspiro de todas as infâncias
Pois o Universo é só uma porta
E sonhar, é um punhado de insignificâncias
Não roubarei a serenidade
De onde colho uma flor
Andarei com generosidade
Posto que meus pés estarão sob vigilância