8 de jan. de 2014

ÊXODO



Um pensamento pequeno
Do tamanho da vida
Ainda é ninharia
Porque se não existisse a beleza
A vida seria curta
Do tamanho de algum momento
Se a brisa honrasse seu murmúrio
O homem nada temeria
Se o medo o despertasse
Nesta audácia de existir
Num pensamento estúpido
Sem a esperança que o abrace
Os sonhos morreriam em êxodos
Em mortais raciocínios
Caravanas nuas
Que olvidariam o caminho reto
Claudicando no sussurro da dúvida
Para destinos tristonhos
Se o tempo cai, queda-se ou quebra-se
Na laje fria da verdade
Então é um tempo passado
Já tem dívidas
Apoderou-se de vidas...
Que nem mais créditos lhe dão
Carrega nos séculos mudanças insana
Dos que fogem do nada
Sufocando-se de glórias
Usurpando dos que nada têm
Para as verdades que lhes convém
Assim, pobre tempo, ainda sorri
As dívidas possuem cabelos grisalhos
Ocultam a face sombria
De épocas abandonadas...
Como estão ilhadas
As esperanças do conforto de ser amado!
Como amar tanto
E ver sofrível o sentimento!