Minha
casa predileta
Possui
uma estradinha fininha
Com
pedras redondinhas
E
uma saudade dileta
Nos
fundos há temperança
Uma
horta de vontades
Frutinhas
de vaidades
E
cerquinha de esperança
Há
um riacho debochado
Canta
sonolento
Sempre
depois do vento
Qual
sapo todo inchado
No
pomar tem variedades
Cores
de irmandades
Amor
de todas as idades
Para
a terra contar verdades
Em
minha casa predileta
Há
uma noite noturna
Uma
lua diurna
Uma
estrela irrequieta
Para
os lados há espaços
Gramas
fresquinhas
Ervas
daninhas
E
sonhos em pedaços
O
jardim contém amores
Pequenos
e perfeitos
Sementes
sem defeitos
Sem
nomes e com sabores
Há
uma porta e vida bela
Enfim,
é casa arrumadinha
Só
tem uma escadinha
Para eu ficar na janela.