22 de jan. de 2014

AO RELENTO

Reflexo aguçado de um pântano em flor
Onde pegadas incisivas
Por vezes desvalidas
Perambulam feridas curando uma dor

Um trecho convexo de análise oculta
Drenado em filosofias
Onde passo meus dias
Tentando liberar minh’alma adulta

Quando o caminho adentra uma curva
Agarro-me ao sol
Oculto-me sob a lua
Acolhem-me assim, uma imagem turva

Pedinte de flores, canções e lamúrias
Aninho miados
Acolho latidos
Leio as lápides borradas  de injúrias

Ouço o estridor das dores nos olhos fechados
Orando em máculas
Gemendo para o poder
Que não amaina seus corações isolados

Cá está a mão aberta sem adeus e sem fim
Jejuando os calos
Aventurando a paz
Os mais serenos dizem que eu sou assim