18 de jun. de 2015

PARA AONDE IR


Há sonhos que parecem que nascem do meio do outono
Outros só acordam em setembro
Há outros ainda, e tantos
Que esperam dezembro
Mas os meus são medonhos
Estão sempre sonhando
Em qualquer pesadelo

Há caminhos que fogem levando todos os espaços
Outros gostam de dias frios
Há tantos vivendo a fugir
Que acabam descendo os rios
Mas os meus são bons vizinhos
Estão sempre caminhando
Em qualquer meio fio

Há dias que acontecem por um acaso do entardecer
Outros raiam como nubentes
Há outros enfeitados de nuvens
Que fingem-se ausentes
Mas os meus degustam mitologias
Anseiam diariamente
Sempre  a mais criações

Há pessoas que aguardam um olhar, um abraço, algum quê...
Outras encontram o tempo perdido
Há outras que querem perder tudo
Mesmo esquecendo um pedido
Mas eu, ando das popas à proas
Estou sempre pessoalmente
Aqui ou não sei aonde...