Espera, o
tempo é de graça
A humildade
não cansa
E o mundo tem
a paciência
Dos pombos da
praça
Eles não
querem saber para onde vão
Nem tua
procura insana
Os teus
sonhos atordoados
Afogados numa
ilusão
Deixa a tua
dúvida calada
Ninguém a conhece
como tu
Acalma o teu
julgar bruto
Veja, há lodo
na água parada
Espera num
caminho conhecido
Deixa o
atalho para o tolo
Nem sempre
vencer é vitória
Não deixes
teu sonho envaidecido
Há muito, o
Universo cria
Lá, nada voa,
tudo anda
Se queres a
vida com pressa
Faça tua
própria alegoria
O conselho é
um pecado final
Seja moroso
com teu andar
Até os pombos
sabem
Que só a alma
é imortal.