O silêncio
chegou acanhado sem pedir licença
Assentou-se
na relva inquieta, tão só...
Foi quando o
mundo resolveu reclamar
Que a vida é
curta
Que o tempo
passa
Que a saudade
é viva
Que o pranto
ilude
Que o amor
foge tão fácil...
Tão de
repente
E se ficar,
só o tempo, a vida e silêncio dirão
É tão
duvidoso crer só na palavra!
Estafante
sonhar sempre o mesmo sonho
Mesmo que ele
finja ser um pesadelo...
Quando o sol
raiar ele estará esperando
Que o
alimentem com uma bela promessa
Quão vaidoso
e desonesto ele é!
Deve-se
silenciar os jardins da alma
Para que o
coração pare de contar borboletas
Ah, e elas
são tantas
E tão
indolentes...
Vivem em
todas as fontes
Até na
solidão.
Ai, se o amor
tivesse voz
Assim como o
mar, os rios...
E se sozinho
soubesse viver!