6 de set. de 2015

PARAÍSO


Os amores que iniciam calados
Jogando ao tempo, o tempo que não têm
Assim, de encontro às paredes
Aos muros
Até chegar ao céu
E lá jogados ficam aos pés de Deus
Suplicam
Tantos amores
Só Deus sabe como lá chegaram
São viajantes estes sentimentos fortuitos
Habitam corações que já fecharam suas portas
Ah, assim é amar
Aos pedaços
Os cenários ocultos
Usando o olhar da nobreza enluarada
Deslumbre
Há imensidão
Onde somente a vida habita livre
Há intimidade no ocaso sem o assédio da experiência
Nem todo amor quer amar tudo, contudo
Quer ficar perto de Deus
Hoje, sempre
Para amar o que existe
Seja, numa chegada ou numa partida
Inquieta
Junto ao exótico, erótico e até o paraíso
Estes amores que calam rogando....