4 de mai. de 2015

SEI LÁ


Espero uma resposta
Uma batida na porta
Ou sei lá...
E nem me importa

Se o tempo é uma flecha

Que erra o alvo
No destino calvo
Ou sei lá...
Quem teria salvo

O pranto do sorriso triste

Num olhar que se escondeu
Num coração plebeu
Sei lá...
Ainda não amanheceu

Nesta noite extraviada

Onde a lua escondida
Espreita o suicida
Sei lá...
É uma alma sem guarida

Mais que tudo, é tudo igual

Naquilo que é ausente
Não quer estar ciente
Sei lá...
Pode ser que se invente

Uma festa para a tragédia

Mas não é esta a verdade
Quando há muita bondade?
Ou sei lá...
Amor é sorte e afinidade

Enquanto espero a resposta.