27 de abr. de 2015

UNS TEMPOS


Uns dias com sobras de tempo
Chegam as noites com sobras de luas
Tão encantadas as eras
E os homens lépidos andam sem asas
Ora, como voar
Sem a esperança?

São tantos os tempos omissos!
Deixam crescer as saudades de casa
Dos lares repletos de vizinhos
Que louvam o mistério
E estão ansioso
Porém, para que a pressa
Se viver é tão possível?

As questões mudam com o pensar
E as atitudes esperam os bons atos
Alguns chegam de dia
Muitos padecem gestando
Tantos nem existem
Será possível
Encontrar-se com a luz?

Parece que nada existe para sempre
E que morrer dói só no pensamento
Seria miserável perder tempo
Ocultar-se sob a solidão
Mas não há uma ideia
Como seria o pranto
Se ninguém provocasse o riso?