Quanta distância existe
entre o tempo e o paraíso!
É desafio que não
predisse
amar alguém sem
coração...
Fazer correr de mão em
mão um vento sossegado,
pensado que nunca será
ventania...
Que eterna meiguice foi
construída no céu com pássaros!
Não sei quem disse,
mas conhece o
horizonte...
E quanto mais distante,
mais perto de um paraíso.
O que irão fazer lá?
Quero adivinhar...
É um desperdício de
sonhos ficar parada à porta trancada.
Não há como partir do
início
uma jornada para bem
longe,
mesmo que o monge
adivinhasse um destino,
estariam as eras sem os
predicados...
Ah, e a solidão que faz
guerra com o sentimento alheio,
e após sepultar a dor
pede perdão?
Quanto cinismo orar
pranteando
o tempo, que está
chegando sem as chaves do paraíso!
E sabe-se de tanta
incerteza...