Os olhos
passam indolentes
Serenos como
sonhos imaturos
Sob um amor
apressado
Que só ouve a
lua
Esta cínica
Usurpadora!
Que também
conhece paixões...
Mas suas
conquistas são indiferentes.
O glamour de
fartar-se de vaidades
Deixa uma
tristeza vil no espelho
Que se iguala
ao pranto
Um desalinho
do equívoco
Tão sutil
Tão
derradeiro!
Quanto vale
iludir-se por uma dúvida
Se mais tarde
tudo aparece nas saudades?
O que se
vislumbra sobre os valores
São as
singelas ilusões de sonhos
Alguns tão
soberbos e tontos
Desapaixonadas
manias
De amar
Desgraçadamente
O que o
coração quer tão perto da alma
E a distância
a encher a dor de flores.
Chama-se
calmaria à relva sossegada
Tão pacata
quanto os olhos da noite
É bem assim
que se pranteia
Na quietude
de outrora
Mas nada
repousa
Onde há
espera
Há tanta
verdade num campo florido
Onde o olhar,
há tempos já fez morada...