Não
pensa, não pesa, não mate o tempo.
Um dia,
qualquer hora,
O vento
sopra ao contrário,
A proa
encosta na popa.
Nem a
bússola vai te encontrar,
Não
geste o sofrimento.
Se te
alegram as velas da tua nave,
É
porque navegas na liberdade.
Nada sabe
o mar inocente
Dos
astros que te guiam.
Eles
entendem o esquecimento,
Mas tu,
marujo, nada sabe.
Quando
a solidão fabrica sons no universo,
É
porque a vida navega
Em
protesto à honestidade dos anjos,
Que te
regem no caos,
Sob as
velas da sorte,
Para que
o amor não te seja o inverso.