INSANIDADE
Ainda
falta ouvir os inocentes
No
julgamento das insanidades
Mas
eles foram dormir...
Que
triste ouvir a sentença do destino!
Falta
ao que ainda não chegou
Uma
cadeira a sabia mesa
E
um pedaço de pão...
Ou
então, quiçá, a piedade servida em pedaços.
Às
lembranças dão-se alcunhas
Porque
a noção de amor repousa
Como
uma ré...
Maria
ou José condenam-se à prisão ou a fuga.
Quão
nostálgica é a saudade presente!
Uma
insanidade maldita
Que
corta o intento.
Neste
sedento destino que anda na contramão...
Nem
o avesso da lua me conforta
Posto,
que deste lado haja juízes,
Que
vivem nus
Com
diplomas crus, mal passados na sabedoria.
Ainda
falta ouvir os inocentes
Que
dormem sobre a loucura
E
ao despertar
Um
louco vai chorar com um sorriso roubado...