17 de out. de 2013

INSANIDADE

Ainda falta ouvir os inocentes
No julgamento das insanidades
Mas eles foram dormir...
Que triste ouvir a sentença do destino!

Falta ao que ainda não chegou
Uma cadeira a sabia mesa
E um pedaço de pão...
Ou então, quiçá, a piedade servida em pedaços.

Às lembranças dão-se alcunhas
Porque a noção de amor repousa
Como uma ré...
Maria ou José condenam-se à prisão ou a fuga.

Quão nostálgica é a saudade presente!
Uma insanidade maldita
Que corta o intento.
Neste sedento destino que anda na contramão...

Nem o avesso da lua me conforta
Posto, que deste lado haja juízes,
Que vivem nus
Com diplomas crus, mal passados na sabedoria.

Ainda falta ouvir os inocentes
Que dormem sobre a loucura
E ao despertar
Um louco vai chorar com um sorriso roubado...