Sempre, quando a saudade chega sem nome, é no
passado que se buscam forma, cores... Os
nomes.
Ah, os nomes!!!
Uns não gosto de chamar saudade porque um dia
deverei visitá-los...
Já, uns tantos outros, estes sim, chamo de
saudade porque tem nome, cor e forma, e chama-se 'amizade que está longe'. E toda vez que lembro vai um pensamento
tão cheio de carinho, que esta pessoa tem por obrigação sentir-se feliz.
Eu deveria ir ao encontro deste sentimento,
como se aqui lutasse para sobreviver a isto.
No entanto, as vidas de cada um possuem asas
que só o infinito sabe manejá-las, é por isto então, que nas minhas asas
carrego vestígios de tudo o que ainda posso juntar: punhados de abraços
apertados, muitas risadas, tropeços... Imensa vontade de rever, e isto é meio
pesado, e por isto às vezes meu voo é rasante, as asas umedecem num pranto quietinho...
E fico a pensar... Se ainda voamos tudo o que tínhamos para voar, porque saudade
não tem fim.