Estes ruídos que poderiam estar mortos
a beira de precipícios,
poderiam nem existir.
Jogados e tortos,
hoje julgam meus auspícios,
e como ontem,
adiante e sempre
meus pés consomem pedras, e até risos.
E se o silêncio falar mal de aventuras,
confabulam com ruídos moucos
sem mendigar vida
em sua candura.
Juraria que todos estão loucos.
Vai seguindo errante,
por trevas enluaradas
meus pequenos planos e até meu juízo.
Quando a esperança balouça o pequeno sonho,
é hora de libertar os ruídos,
abandonar o porto,
seguir uma liberdade sem tamanho,
ouvir do passado seus gemidos.
Mas eu penso que o sofrer não é de agora,
é para o pobre e para o rico,
um ruído constante.