É que de
repente parece que nada mais importa
Quer seja com
a alma
Quer seja com
a raiva, o amor, a felicidade, a dor, a saudade, a ausência...
Nada conforta.
E tudo é consciência.
Se a casa
cair, não será tão catastrófico afinal
Pode ter
havido um raio
E ali há de
nascer uma árvore, uma pedra, uma ponte, um rio, uma miragem...
Nada é fatal.
Então, nem a coragem
Quando o
tempo fica para trás a medir espaço
Como se não
houvesse ninguém
Para correr
do destino, resignar-se à toa, perdoar às tontas, pedir uma graça...
Haverá
colapso, se a ilusão usar mordaça
Conserva-se a
tristeza para poder sorrir às ocultas
É pecar sem
clemência
Quando da
vida colhe-se orvalhos, flores, sementes, dias, noites, sinfonias...
Ideias
insepultas, encharcadas de melodias.
Sonhar o que
já foi perdido é secar uma lágrima com a saudade
Quer seja com
derrotas
Quer seja com
a vitória, a crença, a loucura, uma bravata, muita audácia...
Não existe a
idade, só o viver com eficácia.