10 de out. de 2014

HAVER


Há um mundo encantando num pensamento perdido
Basta apanhá-lo para destruí-lo
Quanta insensatez!
É encontrar um sonho invadido
Numa manhã de orvalho
A prantear uma madrugada
Na plenitude de sua timidez

Há tantas ideias loucas que rondam as impetuosidades
Nem todo delírio colore a vida
Nada contém tudo!
Somente a curiosidade
Que ameniza as mentes iradas
Mas, só quando o tempo fica mudo.

Há muito silêncio dentro do livro de cada destino indefeso
Como uma sinfonia desvairada
E quanta justiça!
Casos de um caminho aceso
Que se lança aos encantos
De uma ciranda de esperanças
Numa jornada omissa

Há um porvir desinteressado que sempre teima em ser feliz
Basta convidá-lo para possuí-lo
Quanta persuasão!
Nem sempre os dias são pueris
Nas auroras da boa fé
Mas todos alcançam o sol
Sem nenhuma afetação.