Os mesmos caminhos
Sem distâncias, com idades
Amenidades de um destino
torto
Não sabe para onde vai
É como um cão abandonado
Que crê no mundo
Assim é o pensar triste
Onde a paz não existe
O tempo seria feliz
Sem a partida que erra
Usurpada pela torpe guerra
Sob o sol fincam-se cruzes
E as orações fogem das
igrejas
Agora a fé é uma árvore sem
frutos
Que ainda crê em flores...
E em todos os amores
Um dia a chuva cairá no
deserto
A esperança chegará com a
enchente
Acidente da felicidade!
Até os pássaros duvidam
Que do pó nasça fertilidade
É como se Deus só ali vivesse
Entre o céu e a areia
E toda vida uma sereia
É sob o sol que o homem
viceja
E sobretudo é lenda
Emenda que remenda
Na mesma senda...