27 de abr. de 2015

UNS TEMPOS


Uns dias com sobras de tempo
Chegam as noites com sobras de luas
Tão encantadas as eras
E os homens lépidos andam sem asas
Ora, como voar
Sem a esperança?

São tantos os tempos omissos!
Deixam crescer as saudades de casa
Dos lares repletos de vizinhos
Que louvam o mistério
E estão ansioso
Porém, para que a pressa
Se viver é tão possível?

As questões mudam com o pensar
E as atitudes esperam os bons atos
Alguns chegam de dia
Muitos padecem gestando
Tantos nem existem
Será possível
Encontrar-se com a luz?

Parece que nada existe para sempre
E que morrer dói só no pensamento
Seria miserável perder tempo
Ocultar-se sob a solidão
Mas não há uma ideia
Como seria o pranto
Se ninguém provocasse o riso?

21 de abr. de 2015

SUBIR E DESCER



Tudo o que eu quero
É um querer pequeno
Uma inspiração do acaso
Que seja igual ao um caso
Mas de felicidade simples
Que seja total e sincero

A humildade não tem paralelo
É para mim um café simples
Com sabor de chuva calma
Que se eleva n’alma
Ao alto, ou ao rés do chão
Num sol coberto de amarelo

As ruas que me conduzem na subida
Mantém o mesmo ritmo
Mesmo que eu desça correndo
Ou com uma saudade morrendo
É pois, subir e descer
Tudo o que quero da vida.